quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Susto

Esses na foto são o meu vô Alfredo e minha vó Lenny (e o meu filhotinho lindo!).
Eles são os meus exemplos de vida. Vivo minha vida inteira com eles. E não é modo de falar não. Às vezes, minha mãe e meu pai têm até ciúmes deles. Meu avô é professor, mas ele já fez de tudo um pouco nessa vida. Minha vó sempre cuidou de casa, esposa dedicada e filha exemplar. Eles moravam com minha bisavó, mãe da minha vó até 2 anos atrás, quando ela morreu aos 93 anos. Agora eles moram na casa dos meus pais.

Eles cuidaram de mim e dos meus irmãos desde pequenos. Sempre fomos mimados por eles. E até hoje somos o xodó. Meu pai é filho único e somos só em três netos. Ótimo, assim não precisamos dividir eles com mais ninguém!

Minha vó, apesar da idade cuida do meu filho enquanto eu trabalho. Pois é, ela cuida mesmo. Dá comida, banho, brinca, fica pra cima e pra baixo com ele. Como ela mesma diz, ele é a vida dela agora!

Meu vô está há mais de 10 anos em uma cadeira de rodas. Começou com um câncer, depois a diabetes piorou e descobrimos que ele estava com Mal de Alzheimer. Foi se acabando, falando pouco, não reconhecendo as pessoas, sem comer. Enfim, virou uma pessoa totalmente dependente.

Na segunda-feira ele nos deu um susto. Morreu e voltou. E não é modo de falar não. Ele realmente foi pro hospital de madrugada praticamente morto. Mal respirava, estava gelado. Já nos preparávamos para o pior. Fiquei dois dias chorando e rezando. Até que ontem ele melhorou. Ele voltou literalmente. Já falava, comia, a infecção estava melhorando e a febre terminou assim como começou, de repente.

Hoje ele voltou pra casa. Ficou tão feliz quando me viu e me chamou de boneca. Não quis chorar na frente dele pra não parecer uma derrotada, mas sei que ele não vai durar pra sempre. E ver ele lá, na cama, abatido me fez pensar em cada momento que passei junto dele. Tudo o que ele fez pra mim quando criança. Tudo o que comprou pra nós desde o dia em que nascemos. O sorrisinho sem dentaduras do meu vô, me fez pensar em mim, no meu filho e no medo da morte. Sim, eu tenho medo da morte. E não tenho vergonha de admitir. Quem não tem né?!

Por isso, vou viver. Vou pensar nos problemas como obstáculos que tenho que ultrapassar e não como problemas realmente. Sou abençoada com uma família linda, um filho perfeito que só me traz alegrias. Pra que ficar chorando as pitangas, se o que realmente importa é "viver e não ter a vergonha de ser feliz?".

Vó e vô, obrigada por tudo o que fizeram e ainda fazem por mim. Vou ser eternamente grata pela ajuda, pelo carinho, dedicação e amor de vocês.

AMO VOCÊS!

Beijos

3 comentários:

Luana Zangarini disse...

Lu

me emocionei muito com este post em especial....mais algumas coisas em comum que acabei descobrindo...

O susto com o vovô, o medo da morte, o amor incondicional por eles...e a certeza de que não serão (infelizmente) para sempre em nossas vidas....

Compartilho de seus sentimentos e fico feliz que ele tenha se recuperado...continuarei orando por ele!

bjinhos,

Kátia Heringer disse...

Pôxa que bom que ele está melhor...foi um susto e tanto, não...
Quanto ao gaveteiro, pode se inspirar sim, com certeza...depois me mostra.bjs.

Anônimo disse...

All pizza places of USA http://pizza-us.com/mississippi/Cleveland/Lost%20Dog%20Pizza%20Co/38732/

Find your best pizza.